A adenomiose uterina é uma doença que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) cresce na parede muscular do órgão. É uma das causas do sangramento uterino anormal (SUA) e pode não apresentar sinais e sintomas em 35% dos casos. Por outro lado, pode provocar dor, cólicas intensas, sangramento intenso prolongado, aumento do tamanho do útero e infertilidade.

O problema atinge de 31% a 61,5% das mulheres, principalmente entre 40 e 50 anos, mas pode ser encontrada incidentalmente em pacientes mais jovens com quadro de sangramento uterino anormal e dismenorreia (mais conhecido como cólica menstrual). 

Sintomas 

A adenomiose nem sempre provoca sintomas, porém, geralmente os sintomas aparecem após a gravidez, de 2 a 3 anos após o parto, mesmo nos casos em que a mulher já tem adenomiose desde a infância e desaparecem após a menopausa.

Diagnóstico

A causa da adenomiose ainda é desconhecida. O seu diagnóstico deve ser realizado pelo médico ginecologista por meio da observação dos sintomas como dor, sangramentos intensos ou queixas de dificuldade para engravidar, exames de ressonância magnética e ultrassonografia e o exame ginecológico, que podem auxiliar na análise do útero, que fica geralmente aumentado, amolecido e doloroso, principalmente no período pré-menstrual.

Tratamentos

O tratamento da adenomiose varia conforme os sintomas, sendo que os tratamentos hormonais podem ajudar a resolver o problema e, em alguns casos, é necessário retirar o útero parcial ou totalmente. 

Dentre os tratamentos mais utilizados, estão:

  • Tratamento com uso de anti-inflamatórios para o alívio da dor e inflamação;
  • Tratamento com medicamentos hormonais;
  • Cirurgia de retirada do excesso de tecido endometrial dentro do útero, em casos onde a adenomiose está localizada numa determinada região do útero e não se encontra muito penetrada dentro do músculo;
  • Cirurgia para retirada do útero, onde é feita a remoção completa do útero. Nesta cirurgia, geralmente os ovários não precisam ser removidos.

E o que a adenomiose tem a ver com a endometriose? São a mesma doença?

Não, são doenças diferentes que podem ser diferenciadas pelos sintomas e pela localização do tecido endometrial.

Na endometriose, os sintomas mais comuns são a cólica dentro ou fora do período menstrual, dor durante a relação sexual e a infertilidade. Mas também pode acontecer da mulher não apresentar sintomas.

O tecido endometrial – que reveste o útero e cuja descamação gera a menstruação – sai da cavidade uterina e cresce em outros órgãos, como trompa, ovários, intestino, bexiga e até no pulmão, causando a inflamação. Entenda O que é importante saber sobre a endometriose

Na adenomiose, os sintomas incluem sangramento aumentado durante o ciclo menstrual, cólicas fortes (principalmente durante a menstruação) e a infertilidade. A diferença principal entre as duas doenças pode ser notada no sangramento, que na adenomiose altera o fluxo menstrual e na endometriose não. 

O tecido endometrial, na adenomiose, cresce no miométrio – camada muscular, ou seja, na parede uterina.

Consulte seu médico regularmente e esclareça suas dúvidas.